sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A reação da presidente Dilma Rousseff aos recentes escândalos de corrupção em vários ministérios, com o afastamento de dezenas de funcionários de médio e alto escalão, pode dificultar a ela a aprovação pelo Congresso de reformas necessárias para o país enfrentar as turbulências na economia global, segundo avalia artigo publicado na edição desta semana da revista britânica The Economist.

Dilma RousseffO texto afirma que, oito meses após tomar posse, Dilma se vê "sugada pelo pântano político que é Brasília". Para a revista, a presidente tem reagido com firmeza aos escândalos, mas "sua recompensa tem sido sinais de motim em sua coalizãCom a economia mundial se deteriorando, a capacidade de Rousseff em impor sua autoridade sobre seus aliados importa bastante para as perspectivas do Brasil", afirma a revista.
O artigo afirma que o principal interesse dos partidos menores da coalizão governista "não é ideologia, mas a extração de empregos e dinheiro do governo, para ganho pessoal ou financiamento do partido", e que por isso estão contrariados com a tentativa de Dilma de "reescrever as regras do jogo".
Para revista, 'recompensa' de Dilma a demissões tem sido ameaças de motim em sua base de apoio
A revista observa que muitos dos 25 mil cargos de confiança do governo ainda não foram preenchidos e que muitos dos que foram preenchidos são ocupados por tecnocratas independentes em lugar das indicações dos partidos. Além disso, comenta o artigo, "para ajudar a cortar o deficit fiscal, ela eliminou as emendas dos congressistas ao Orçamento".

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